Ontem teve festinha da Lara Lomeu. A festinha tava ótima!
Contamos altos casos, altas fofocas, foi bem divertido!
Mas eu vim é comentar sobre o quão meu corpo não me pertence mais. Com sono, sem nem lembrar do meu nome, saí de lá completamente grogue, sem nem saber como consegui andar até a porta. Me lembro de me despedir de alguém que não ela no caminho. Quem será que era?
O sono ultimamente me domina.
Eu ao ficar com sono, concordo com coisas que não concordo, me desmonto toda, fora do normal isso. Já viu no joguinho dos Sims, quando um personagem fica com sono e desmonta onde está? Dorme no chão, no sofá, tadinhos, as vezes até caem no meio da rua e dormem?!
Pois é.
Eu estou assim.
Inclusive estou assim no presente momento.
Preciso dormir.
Agora.
sábado, maio 28, 2005
Acho que eu estou me colocando na situação de escritora desorientada.
Estou desde cedo trabalhando no raio da monografia sobre a Les Filós. De saco cheio. De verdade.
Aí né, pensei com os meus botões: já tô quase acabando, vou salvar pra não correr risco né? Salvei.
Aí fui escrever a introdução. Uma lauda completa, bem feitinha, linda. Sabe quando você termina de escrever, relê e fala "Nooosa, fui eu que fiz?! Ai que chique!". Foi assim. Vamos salvar?! Vamos. Trava o word.
"Ahhh dãããããããããoooo!!! Num pode, num pode!! Fala que salvou a tempo, antes de travar!! Fala, fala, falaaaaaaaaaaa!!!"
Não salvou.
Sem comer até agora, uma e meia da tarde. Sentada a escrever. A pesquisar e complementar essa porcaria. E perdi.
"Tá, vou comer alguma coisa antes de refazer.
Pega o queijo, a tremer de fome e de frio.
O queijo dá voltas e mais voltas e mais voltas. Põe o queijo na mesa, pega a faca. Faca também tá rodando. "Que estranho...."
Faca não entra no queijo.
"Vai faca! Vai faca!"
Litros e litros de sangue começam a jorrar, tingindo a fina fatia de queijo, quase transparente, como a nutricionista tinha ensinado a alguns anos atrás, de vermelho. Vermelho ralo. Sangue fino.
Come o queijo e continua a digitar em vão vários recomeços, com o dedo ainda a sangrar. As idéias não colaboram mais.
"Vou contar meu drama para alguém, quem sabe eu tiro ele da cabeça e consigo reescrever a introdução bonita."
Liga o som e encerra o drama.
Toda noite eeeeeeeu, saio à sua procuraaaa!!
Toda noite eeeeeeu, faço a mesma loucuraaa....
Estou desde cedo trabalhando no raio da monografia sobre a Les Filós. De saco cheio. De verdade.
Aí né, pensei com os meus botões: já tô quase acabando, vou salvar pra não correr risco né? Salvei.
Aí fui escrever a introdução. Uma lauda completa, bem feitinha, linda. Sabe quando você termina de escrever, relê e fala "Nooosa, fui eu que fiz?! Ai que chique!". Foi assim. Vamos salvar?! Vamos. Trava o word.
"Ahhh dãããããããããoooo!!! Num pode, num pode!! Fala que salvou a tempo, antes de travar!! Fala, fala, falaaaaaaaaaaa!!!"
Não salvou.
Sem comer até agora, uma e meia da tarde. Sentada a escrever. A pesquisar e complementar essa porcaria. E perdi.
"Tá, vou comer alguma coisa antes de refazer.
Pega o queijo, a tremer de fome e de frio.
O queijo dá voltas e mais voltas e mais voltas. Põe o queijo na mesa, pega a faca. Faca também tá rodando. "Que estranho...."
Faca não entra no queijo.
"Vai faca! Vai faca!"
Litros e litros de sangue começam a jorrar, tingindo a fina fatia de queijo, quase transparente, como a nutricionista tinha ensinado a alguns anos atrás, de vermelho. Vermelho ralo. Sangue fino.
Come o queijo e continua a digitar em vão vários recomeços, com o dedo ainda a sangrar. As idéias não colaboram mais.
"Vou contar meu drama para alguém, quem sabe eu tiro ele da cabeça e consigo reescrever a introdução bonita."
Liga o som e encerra o drama.
Toda noite eeeeeeeu, saio à sua procuraaaa!!
Toda noite eeeeeeu, faço a mesma loucuraaa....
terça-feira, maio 24, 2005
Mudanças à vista. Graças aos céus. E ao fato de que eu finalmente resolvi fazer algo a respeito do que se passa.
E do meu jeitinho mau, irônico e,desta vez, direto.
Odeio esse drama mexicano.
Se indiretamente a coisa não vai, de maneira direta existiu uma tentativa de inverter a situação. Todinha! Inverter o caralho, o que pensas você, ó ser infernal?
E eu falei todas as letrinhas, todos os sons e todos os olhares assassinos. Rindo horrores por dentro, tamanha a maldade que me dominou.
"Nhaaaaaai não to pedindo desculpas, porque como você guarda toda essa mágoa dentro de você...."
"Não é mágoa cara! Presta atenção no que tá acontecendo em volta de você! Não dá pra perceber que eu tô é stressada de ser babá?! Pronto. Falei. E falo mais. Já que agora tá assim mesmo. Tô saindo fora e pode pensar que é pelo motivo que você quiser, criar na sua mente maluca seus motivos se não quiser acreditar. Mas na verdade, to saindo porque você insiste em forçar uma situação irreal. A gente não deu certo, não sou casada nem nada parecido. Dá pra me dar licença?!...." E mais um monte.
Não me deixou dormir até a uma da manhã. Aí acaba relativamente amiguinha. Porque eu falo um monte sim e soa bem cruel a verdade nua e crua né?
Mas se não for assim, não entende.
Espero que dessa vez tenha entendido. E quem sabe a gente possa ser colega. Já que agora eu não vou ficar mais por aqui nem te ver todos os dias.
A MINHA PACIÊNCIA NOS ULTIMOS MESES SEJA LOUVADA!
FIM DO PRIMEIRO ATO.
FECHAM-SE AS CORTINAS.
E do meu jeitinho mau, irônico e,desta vez, direto.
Odeio esse drama mexicano.
Se indiretamente a coisa não vai, de maneira direta existiu uma tentativa de inverter a situação. Todinha! Inverter o caralho, o que pensas você, ó ser infernal?
E eu falei todas as letrinhas, todos os sons e todos os olhares assassinos. Rindo horrores por dentro, tamanha a maldade que me dominou.
"Nhaaaaaai não to pedindo desculpas, porque como você guarda toda essa mágoa dentro de você...."
"Não é mágoa cara! Presta atenção no que tá acontecendo em volta de você! Não dá pra perceber que eu tô é stressada de ser babá?! Pronto. Falei. E falo mais. Já que agora tá assim mesmo. Tô saindo fora e pode pensar que é pelo motivo que você quiser, criar na sua mente maluca seus motivos se não quiser acreditar. Mas na verdade, to saindo porque você insiste em forçar uma situação irreal. A gente não deu certo, não sou casada nem nada parecido. Dá pra me dar licença?!...." E mais um monte.
Não me deixou dormir até a uma da manhã. Aí acaba relativamente amiguinha. Porque eu falo um monte sim e soa bem cruel a verdade nua e crua né?
Mas se não for assim, não entende.
Espero que dessa vez tenha entendido. E quem sabe a gente possa ser colega. Já que agora eu não vou ficar mais por aqui nem te ver todos os dias.
A MINHA PACIÊNCIA NOS ULTIMOS MESES SEJA LOUVADA!
FIM DO PRIMEIRO ATO.
FECHAM-SE AS CORTINAS.
domingo, maio 22, 2005
Eu e a Ginnie fomos ontem passear no MAM.
Tirando as figuras que conhecemos no osso (!?!) foi tudo perfeito! Muitas saudades, muitas histórias, muitas alegrias. De pessoas que compartilham felicidade.
... Como eu gosto dela!!...

Fomos ver o acervo do Roberto Marinho em seu último final de semana de exposição. Só artistas brasileiros, com obras fenomenais. Gostei demais mesmo.
Muita coisa nem tão conhecida e bonita. Muita coisa que agrada aos olhos. Muitos detalhes que quase passam despercebidos pela extrema delicadeza. Mas que, quando encontrados, são responsáveis pelo encantamento e o deleite visual dos visitantes.

E eu descobri que gosto de Portinari e nem sabia!
Mas também, olha pra esse coelhiiiinho!!
E achem aí as borboletas!! (=
(Editei mesmo, só pra concordar com a Lara: ahh podiam ter patinhos!! hihihi)
Tirando as figuras que conhecemos no osso (!?!) foi tudo perfeito! Muitas saudades, muitas histórias, muitas alegrias. De pessoas que compartilham felicidade.
... Como eu gosto dela!!...

Fomos ver o acervo do Roberto Marinho em seu último final de semana de exposição. Só artistas brasileiros, com obras fenomenais. Gostei demais mesmo.
Muita coisa nem tão conhecida e bonita. Muita coisa que agrada aos olhos. Muitos detalhes que quase passam despercebidos pela extrema delicadeza. Mas que, quando encontrados, são responsáveis pelo encantamento e o deleite visual dos visitantes.

E eu descobri que gosto de Portinari e nem sabia!
Mas também, olha pra esse coelhiiiinho!!
E achem aí as borboletas!! (=
(Editei mesmo, só pra concordar com a Lara: ahh podiam ter patinhos!! hihihi)
quinta-feira, maio 19, 2005
E hoje cedo eu tive provitcha de auto escola de novo.
Levanta cedo, troca de roupa dormindo, toma café com mãe chata que não pára de falar um segundo, vai pra auto escola.
Espera, espera, espera.
Pega carona com o instrutor e vai pro local de prova.
Espera, espera, espera. Vê todo mundo errando bastante e fazendo bastante barbeiragens, espera, espera, espera.

Entra no carro, com o mesmo instrutor da vez passada. Não lembrava dele. Ele lembra de você e fala: já fizemos essa prova né?! Nervos pulando pra todos os lados. Tremi bastante, morri no meio da rua. Tremia mais ainda. "Nunca que eu vou conseguir fazer a meleca do controle tremendo desse jeito!!". Fiz. E fiz o outro controle. E a baliza linda. E a ré.
Estaciono. Saio do carro tremendo tanto que não consigo segurar a minha bolsa.
Muito medo. Examinador fala no celular, não desliga o telefone NUUUUNCA. Enquanto isso, eu e meu instrutor discutimos a prova. Chegamos à conclusão de que, se o examinador estivesse de bom humor, eu passava.
Pois é, ele tava. EU PASSEI!!
Levanta cedo, troca de roupa dormindo, toma café com mãe chata que não pára de falar um segundo, vai pra auto escola.
Espera, espera, espera.
Pega carona com o instrutor e vai pro local de prova.
Espera, espera, espera. Vê todo mundo errando bastante e fazendo bastante barbeiragens, espera, espera, espera.

Entra no carro, com o mesmo instrutor da vez passada. Não lembrava dele. Ele lembra de você e fala: já fizemos essa prova né?! Nervos pulando pra todos os lados. Tremi bastante, morri no meio da rua. Tremia mais ainda. "Nunca que eu vou conseguir fazer a meleca do controle tremendo desse jeito!!". Fiz. E fiz o outro controle. E a baliza linda. E a ré.
Estaciono. Saio do carro tremendo tanto que não consigo segurar a minha bolsa.
Muito medo. Examinador fala no celular, não desliga o telefone NUUUUNCA. Enquanto isso, eu e meu instrutor discutimos a prova. Chegamos à conclusão de que, se o examinador estivesse de bom humor, eu passava.
Pois é, ele tava. EU PASSEI!!
terça-feira, maio 17, 2005
São 7:10 da manhã. Eu deveria estar a caminho da faculdade. Óóóótimo. Estou atrasada. Que boom!
Especialmente bom porque eu estou esperando um arquivo ser anexado num email. Que se recusa a colaborar comigo. O meu pai do céu.
Aí como eu sou extremamente ansiosa, vim postar, que outra solução?!
Vou aproveitar e contar bobagenzinhas enquanto espero.
Estou indo pra casa em minas hoje a tarde.
A minha prova da auto escola (tentativa número 2 de tirar carteira!) vai ser na quinta feira. Wish me luck! =D
Eu tenho dois trabalhos para apresentar hoje. Maravilha não é mesmo?!
Wish me luck again! XD
Estou ficando nervosa, estou ficando nervosa. Os anexos não se anexaaaam! =p
Hmmm que mais...
Quero ir na Paulista hoje ver outra exposição que tá tendo lá. Corpos.
Tomara que dê tempo! =D
Tanta coisa pra fazer hoje antes de ir embora!! =P
....acho que desisti do arquivo. Ele também não gosta de mim. =P
Especialmente bom porque eu estou esperando um arquivo ser anexado num email. Que se recusa a colaborar comigo. O meu pai do céu.
Aí como eu sou extremamente ansiosa, vim postar, que outra solução?!
Vou aproveitar e contar bobagenzinhas enquanto espero.
Estou indo pra casa em minas hoje a tarde.
A minha prova da auto escola (tentativa número 2 de tirar carteira!) vai ser na quinta feira. Wish me luck! =D
Eu tenho dois trabalhos para apresentar hoje. Maravilha não é mesmo?!
Wish me luck again! XD
Estou ficando nervosa, estou ficando nervosa. Os anexos não se anexaaaam! =p
Hmmm que mais...
Quero ir na Paulista hoje ver outra exposição que tá tendo lá. Corpos.
Tomara que dê tempo! =D
Tanta coisa pra fazer hoje antes de ir embora!! =P
....acho que desisti do arquivo. Ele também não gosta de mim. =P
domingo, maio 15, 2005
Que tudo o que eu fiz para te ajudar
Não valeu nada e só complicou
Que por minha culpa tudo acabou
Você quis ser a dona do meu nariz
Mas nunca pensou em me fazer feliz
Agora é tarde pra me convencer
Não muda nada, é melhor esquecer
Eu só queria te dizer: Eu cansei!
Por favor tente entender
Não quero mais você
Não quero mais sofrer
Se você quer mesmo me deixar
Não tem problema, eu não vou me importar
Eu tenho muito mais o que fazer
A minha vida não é só você
Eu sei onde você quer chegar
Você quer ver eu me ajoelhar
E implorar pelo seu perdão
Espera sentada, que a resposta é não!
Ia ser uma música legal. Se não tivesse vindo de quem veio. Doeu que nem um beliscão.
sábado, maio 14, 2005
Depois do MASP, eu o alemão e a Nayara fomos no cinema. Ver O fantasma da ópera.
Eu nunca tinha visto, nem conhecia a história direito. Nem as músicas. Enfim. Já tinha ouvido falar que a peça existia. Só.
Mas então. Foi liindo de verdade (tinha salvo esse post como rascunho e esqueci dele! Odeio salvar as coisas com rascunho, nunca termino!)
As musicas foram liiindas e as companhias foram ótimas! Linda história, lindas roupinhas. Ahh... perdi o pique pra escrever sobre o assunto!
Mas enfim, não vou terminar mal terminado. Vou deixar sem final mesmo!
Se você tiver a oportunidade, assista que vale MUITO a pena! Eu achei! Lindo! =D
Eu nunca tinha visto, nem conhecia a história direito. Nem as músicas. Enfim. Já tinha ouvido falar que a peça existia. Só.
Mas então. Foi liindo de verdade (tinha salvo esse post como rascunho e esqueci dele! Odeio salvar as coisas com rascunho, nunca termino!)
As musicas foram liiindas e as companhias foram ótimas! Linda história, lindas roupinhas. Ahh... perdi o pique pra escrever sobre o assunto!
Mas enfim, não vou terminar mal terminado. Vou deixar sem final mesmo!
Se você tiver a oportunidade, assista que vale MUITO a pena! Eu achei! Lindo! =D
Eu finalmente fui conhecer o MASP.
Graças à um coleguinha de facul que, mesmo eu sendo a mais enrolada do mundo (de novo, desculpa!! Mas uma hora e meia nem é tanto vai! Hihihihi), ele ainda me acompanhou!

O MASP nem é um lugar tão legal. Pelo menos não o andar que eu visitei (não deu tempo de andar em tudo, voltarei outras vezes!). Obras interessantes, mas achei a iluminação tão porquinha...!
Ah pára vai! Pouca luz pra não estragar os quadros. Ok. Aceitável. Mas numa escuridão daquelas, melhor deixar sem luz então ué. Ninguém vê nada mesmo!!
Sem contar que os spots davam reflexos nas cores das tintas. Então o pouco que você vê das obras é embaçado. Legal né?!
Eu achei!
Mas que as gordinhas do Renoir são legais, são legais!
Não só elas, mas elas principalmente.

... só de ver elas pessoalmente já valeu o passeio ao MASP. De verdade.
Graças à um coleguinha de facul que, mesmo eu sendo a mais enrolada do mundo (de novo, desculpa!! Mas uma hora e meia nem é tanto vai! Hihihihi), ele ainda me acompanhou!

O MASP nem é um lugar tão legal. Pelo menos não o andar que eu visitei (não deu tempo de andar em tudo, voltarei outras vezes!). Obras interessantes, mas achei a iluminação tão porquinha...!
Ah pára vai! Pouca luz pra não estragar os quadros. Ok. Aceitável. Mas numa escuridão daquelas, melhor deixar sem luz então ué. Ninguém vê nada mesmo!!
Sem contar que os spots davam reflexos nas cores das tintas. Então o pouco que você vê das obras é embaçado. Legal né?!
Eu achei!
Mas que as gordinhas do Renoir são legais, são legais!
Não só elas, mas elas principalmente.

... só de ver elas pessoalmente já valeu o passeio ao MASP. De verdade.
Aula de modelo vivo.
É, eu tive. E nem me pergunte dos resultados. Meus desenhos dão até medo de tão feios! Tadinha da modelo, vai ficar ofendida se disserem que eu fiz aquilo olhando pra ela. Mas enfim, não vim discutir meus desenhos.
Vim, na verdade, falar da modelo.
Me passaram muitas coisas pela cabeça enquanto eu a assistia posar.
Antes de mais nada, a aula funciona assim:
Sala com mesas de desenho formando um círculo. 20 a 30 alunos estavam presentes. Palquinho de uns 30cm de altura no meio do círculo. Modelo chega com um robe de seda. Tira o robe e fica 20 minutos em cada pose pra que a gente desenhe. Por 2 horas. De vários ângulos. Em posições simples, porque foi a nossa primeira aula de modelo vivo. Sala com musiquinha, mas sem conversas.
Pensamentos:
-> Quanto será que uma pessoa ganha pra vir aqui e tirar a roupa assim?
-> Como será que ela se vê no espelho?
-> Umas 150 pessoas no mínimo, só hoje, já viram ela sem roupa.
-> Que cara mais falso-blasè. Ela até tenta, mas a cara dela não convence de que ela está a vontade ali.
-> Uia! Ela tem uma pinta na bunda! Eu também tenho pintas em lugares divertidos. Mas não é pra todo mundo ver vai...
-> E se eu virasse modelo vivo?
-> Ela fechou os olhos. Ela tá ficando pálida. Será que ela tá bem?!
-> Ai meu deus, segura a mulher que ela tá balançando! Vai cair dali!
Foi extremamente profissional ela. Até um dos motivos de ter sido uma situação tão normal desde o começo da aula. Eu até estranhei a naturalidade dela tirando a roupa. Mas não sei. Ela estava sim incomodada. E eu não conseguia me concentrar nos desenhos ou no corpo dela simplesmente porque os olhos dela não deixavam.
O corpo tinha formas redondas. Não era nem gorda nem magra. Com uma altura mediana, pernas e pés roliços, cintura apagada, tinha a pele bem branquinha. Cabelos desarrumados em um coque. Orelhas que destoavam do nariz delicado. Mas os olhos... ah os olhos...
Castanhos. Ora preocupados. Ora entediados.
Olhavam para lugar nenhum. Fixavam-se em lugar nenhum. Se perdiam em lugar nenhum. E ousavam se fechar discretamente por alguns segundos. Semi-cerravam-se. E eu me divertia porque nunca tinha tido essa oportunidade: olhar os olhos de uma pessoa que não pode fugir. Não pode, por se incomodar, se retirar do recinto, te dar as costas ou algo parecido.
Não que eu a tenha encarado durante as duas horas. Mas por alguns momentos. Ela não dirigia seu olhar a ninguém.
Pessoas ao serem encaradas se sentem nuas. Ela se sentia como?
Foi estranho sim.
Do ponto de vista profissional não. Mas do humano. Eu acho que foi.
É, eu tive. E nem me pergunte dos resultados. Meus desenhos dão até medo de tão feios! Tadinha da modelo, vai ficar ofendida se disserem que eu fiz aquilo olhando pra ela. Mas enfim, não vim discutir meus desenhos.
Vim, na verdade, falar da modelo.
Me passaram muitas coisas pela cabeça enquanto eu a assistia posar.
Antes de mais nada, a aula funciona assim:
Sala com mesas de desenho formando um círculo. 20 a 30 alunos estavam presentes. Palquinho de uns 30cm de altura no meio do círculo. Modelo chega com um robe de seda. Tira o robe e fica 20 minutos em cada pose pra que a gente desenhe. Por 2 horas. De vários ângulos. Em posições simples, porque foi a nossa primeira aula de modelo vivo. Sala com musiquinha, mas sem conversas.
Pensamentos:
-> Quanto será que uma pessoa ganha pra vir aqui e tirar a roupa assim?
-> Como será que ela se vê no espelho?
-> Umas 150 pessoas no mínimo, só hoje, já viram ela sem roupa.
-> Que cara mais falso-blasè. Ela até tenta, mas a cara dela não convence de que ela está a vontade ali.
-> Uia! Ela tem uma pinta na bunda! Eu também tenho pintas em lugares divertidos. Mas não é pra todo mundo ver vai...
-> E se eu virasse modelo vivo?
-> Ela fechou os olhos. Ela tá ficando pálida. Será que ela tá bem?!
-> Ai meu deus, segura a mulher que ela tá balançando! Vai cair dali!
Foi extremamente profissional ela. Até um dos motivos de ter sido uma situação tão normal desde o começo da aula. Eu até estranhei a naturalidade dela tirando a roupa. Mas não sei. Ela estava sim incomodada. E eu não conseguia me concentrar nos desenhos ou no corpo dela simplesmente porque os olhos dela não deixavam.
O corpo tinha formas redondas. Não era nem gorda nem magra. Com uma altura mediana, pernas e pés roliços, cintura apagada, tinha a pele bem branquinha. Cabelos desarrumados em um coque. Orelhas que destoavam do nariz delicado. Mas os olhos... ah os olhos...
Castanhos. Ora preocupados. Ora entediados.
Olhavam para lugar nenhum. Fixavam-se em lugar nenhum. Se perdiam em lugar nenhum. E ousavam se fechar discretamente por alguns segundos. Semi-cerravam-se. E eu me divertia porque nunca tinha tido essa oportunidade: olhar os olhos de uma pessoa que não pode fugir. Não pode, por se incomodar, se retirar do recinto, te dar as costas ou algo parecido.
Não que eu a tenha encarado durante as duas horas. Mas por alguns momentos. Ela não dirigia seu olhar a ninguém.
Pessoas ao serem encaradas se sentem nuas. Ela se sentia como?
Foi estranho sim.
Do ponto de vista profissional não. Mas do humano. Eu acho que foi.
segunda-feira, maio 09, 2005
Quanto mais o tempo passa mais eu tenho certeza de que menos eu penso.
Pensar aqui é luxo.
O pior não é se dar conta de que eu não penso mais. É me dar conta do que eu estou fazendo. Das minhas atitudes. Da precipitação. Da ansiedade. Da estupidez pura e simples.
Tão ridículo parar pra pensar que eu estou encarando à altura os desafios. Abaixando a cabeça e aceitando situações ridículas. Por pura e simples conformidade. Não penso logo não ajo e, porque não, logo não existo.
Quando você sai de casa você fica mais como você é né? Né não.
Eu fiquei mais como... sei lá!
Como a minha mãe?!
Ahh...
...acho que eu não sei o que virei. Acho que eu já era assim e nunca me dei conta.
Pensar aqui é luxo.
O pior não é se dar conta de que eu não penso mais. É me dar conta do que eu estou fazendo. Das minhas atitudes. Da precipitação. Da ansiedade. Da estupidez pura e simples.
Tão ridículo parar pra pensar que eu estou encarando à altura os desafios. Abaixando a cabeça e aceitando situações ridículas. Por pura e simples conformidade. Não penso logo não ajo e, porque não, logo não existo.
Quando você sai de casa você fica mais como você é né? Né não.
Eu fiquei mais como... sei lá!
Como a minha mãe?!
Ahh...
...acho que eu não sei o que virei. Acho que eu já era assim e nunca me dei conta.
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